Em
alguns anos trabalhando com desenvolvimento de pessoas e equipes, vários
acontecimentos nos marcaram. E essas marcas têm relação muito forte com a
capacidade das pessoas de surpreender com suas posturas, ações e reações às
propostas. Lá em 2008, recebemos, em nossa sede, uma equipe de em torno de 100
profissionais de todas as funções de uma empresa para dois dias de treinamento
experiencial, no qual todos os participantes vivenciariam situações análogas ao
seu dia a dia de trabalho, justamente para trabalhar competências, desenvolver
novos comportamentos e reforçar atitudes positivas.
Com
esse escopo de trabalho, tínhamos um cronograma de atividades seguidas de
reflexões e depois aplicações dos novos conhecimentos. Tudo aconteceria ao
redor de um acampamento onde os profissionais foram divididos em equipes e
estas equipes eram responsáveis por gerir todo o tipo de recurso necessário
para manutenção do bem-estar dos integrantes, da alimentação, do local para
dormir e definição de tarefas.
Foram
dois dias muito intensos de emoções, aprendizados e ressignificação de valores.
Mas, além de todos os objetivos propostos, uma coisa destoou muito
positivamente. Tinha uma das bases de acampamento que era diferente, além de
tudo que as outras também tinham, essa parecia ter algo mais. Tinha uma energia
própria que foi expressa em cada detalhe de sua concepção.
Um
dos integrantes dessa equipe colocou alma no que fez, transcendeu o que foi
pedido, deu de si o que tinha de melhor e não em seu benefício, mas sim do coletivo.
Detalhes podiam ser vistos em todos os cantos, lixeiras feitas de capas de
chuva separando orgânicos de lixo seco, avisos de segurança e de bom convívio
afixados nas árvores. Tinha amor!
A
gestão da empresa que contratou o evento procurou descobrir quem tinha sido o
protagonista dessa “diferença” em cuidar. Sim, era um jovem colaborador que
trabalhava como auxiliar de expedição e gostou muito da oportunidade que a
empresa deu para se desenvolver e estar junto aos seus colegas.
Essa
diferença gerou frutos, tanto para o jovem, como para a empresa, ele promovido
para atuar junto ao almoxarifado e responsável por este setor; e a empresa por
encontrar em seu quadro um colaborador com vontade de fazer a diferença.
Esse
ambiente cria uma maneira muito agradável de aprender sobre como desenvolver a
equipe e suas as habilidades, tanto em grupo, como individuais, e sobre o
gerenciamento dos processos. A diversão é um poderoso aspecto do aprendizado
efetivo, com os participantes ficando mais abertos para a experiência e mais
criativos ao participar dela.
A experiência permite que os participantes assumam novos
riscos, tentem novos papéis e cometam erros sem perigo ou custo. Os riscos são
percebidos ao invés de serem reais. Cada pessoa, assumindo um risco, empurra
outros a tentar algo fora da zona de conforto. Sempre existem indivíduos que
brilham neste meio ambiente - cuja liderança nunca foi notada no trabalho.
JOÃO HENRIQUE JONER é sócio fundador da VIVENDO Programas
Experienciais, onde atua como consultor e facilitador da metodologia
experiencial, apaixonado pela natureza e atividades de aventura Natural de Novo
Hamburgo, casado e com dois filhos, mora hoje em Canela-RS na Fazenda Sonho
Meu, sede exclusiva para eventos corporativos. Aqui na About Shoes escreve como
novas experiências podem transformar um treinamento profissional.